Ainda bem que vocês estão a gostar meninas *-*
Só por causa disso, um capítulo especial, o meu favorito até agora... Evil maknae é tudo
Mas não me matem, please...
6. - Vamos parar m bocadinho Seohyun? Tenho fome e doem-me as pernas. – Sunny queixou-se.
- Oh, claro que sim. – A rapariga mais alta desviou a sua atenção de uma montra para encarar a amiga. – Aliás, já devíamos ter feito isso há muito tempo, tu não te podes cansar assim Sunny!
As duas andaram até à praça da alimentação no centro do shopping. Sunny sentou-se rapidamente. Pousou a mão sobre a barriga saliente.
- O que é que queres beber? – Seohyun perguntou, enquanto tirava o porta moedas da mala de vinil.
- Água.
- E para comer?
- Um sanduíche qualquer.
- Ok, volto já. – Seohyun afastou-se e foi até ao balcão fazer os pedidos.
Instantes depois Seohyun voltou com a comida. Sunny apressou-se a trincar a sanduíche.
- Não vais comer nada? – Sunny perguntou, vendo a amiga apenas com uma chávena de café à frente.
- Não tenho fome ainda. Mas está bom? – Seohyun apontou para a comida nas mãos da sua unni.
- Muito bom. Queres um bocadinho? – Sunny estendeu a comida à outra, que deu uma dentada.
- Ahhhh! – Sunny de repente gritou.
- O que foi? – Seohyun alarmou-se.
- Acho que… foi uma contracção…
- Meu Deus!
~~ - Bem, nós vamos andando, a Sunny e o bebé precisam descansar. – Kyuhyun disse, entregando o pequeno
Soomin – nome que Sungmin escolheu para prestar homenagem ao seu falecido pai – de volta para os braços de Sunny.
Seohyun aproximou-se para beijar a testa da pequena criança e acariciou-lhe a bochecha gordinha. Beijou também a face de Sunny.
- Eu também vou amor… embora queria muito, não posso ficar. – Sungmin aproximou-se da mulher e do filho. – Mas eu passo aqui amanhã de manhã antes de ir para o escritório.
Sungmin acarinhou o filho e beijou a mulher apaixonadamente.
- Durmam bem. – Kyuhyun disse antes de abrir a porta do quarto.
- Eu amanhã venho visitar-te Sunny. E vou trazer muitos presentes para o bebé. – Seohyun disse alegremente e saiu atrás do namorado.
- Saranghae. – Sungmin disse a Sunny. Ela retribui com a mesma palavra. Sungmin deixou o quarto e fechou a porta, seguindo os amigos pelo corredor do hospital.
No parque de estacionamento separarem-se. Sungmin entrou no seu jeep, enquanto que o casal entrou no Audi preto.
~~ O quarto estava agora na penumbra. Apenas a luz do luar dava alguma iluminação ao cómodo.
A luz que veio do corredor quando a porta foi aberta incidiu directamente no rosto da rapariga que estava deitada na cama. Mas ela dormia tão profundamente que nem se deu conta que alguém acabara de entrar no seu quarto.
De dentro do bolso da bata branca que vestia, a pessoa que acabara de entrar ali tirou uma seringa e uma pequena ampola cor de âmbar, cheia de um líquido qualquer.
O silêncio que se fazia naquele espaço foi quebrado pelo som dos lençóis a mexer.
O suposto médico engoliu em seco e virou a sua atenção para o pequeno berço ao lado da cama. O pequeno bebé adormecido mexia as mãozinhas, em tentativa de agarrar alguma coisa, mas logo se voltou a imobilizar.
Com cuidado, o rapaz partiu a cápsula e colocou o líquido dentro da seringa.
Aproximou-se da rapariga. Afastou o lençol que cobria o seu braço direito com cuidado. Encostou a agulha à pele branquinha dela e empurrou, permitindo que o fino pedaço de metal penetrasse a pele. Devagar, foi empurrando o líquido para dentro da corrente sanguínea da rapariga. Contou até cinco mentalmente e depois verificou que os seus sons respiratórios começavam a tornar-se mais fracos. Contou mais cinco e encostou os dedos, cobertos pela luva de látex à carótida do seu pescoço e sentiu os que já não havia batimento cardíaco. Sorriu internamente.
Do outro bolso da bata tirou uma flor. Levou-a até perto do seu rosto e sentiu o perfume suave que a gardénia branca emanava. A sua fragrância favorita.
Pousou a flor sobre o lençol por cima do peito da rapariga. Aproximou-se do berço onde o bebé continuava a dormir tranquilamente. Esticou a mão até tocar na pequena bochecha suave e gordinha. Nos seus olhos surgiu um brilho negro.
~~Eram apenas 7 horas da manhã, mas já o jovem empresário percorria os corredores do hospital. Ao entrar na ala de maternidade notou um grande reboliço. Médicos e enfermeiras a correr de um lado para o outro e até… a polícia? Sungmin apressou-se até ao quarto de Sunny, onde estavam reunidas algumas pessoas.
- O que é que se passa? – Perguntou a uma enfermeira.
- O senhor é?
- Lee Sungmin, eu sou marido da Sunny, que está nesse quarto…
- Oh! – Ela fez uma expressão aterrorizada.
- O que é que se passa, aconteceu alguma coisa à Sunny? Porque é que está aqui a polícia?
- Ahm… entrou aqui alguém indesejável esta noite… - A mulher vestida de branco começou. – E… e…
- Com licença…? – Uma voz grossa interrompeu a enfermeira que pareceu ficar aliviada ao ver ali o chefe.
- Você é que é o marido da menina Lee Sunkyu? – O homem, que devia ter pouco mais de 50 anos perguntou, ajeitando os óculos.
- Sim sou eu. Mas o que é que se passa? Eu quero ver a Sunny…
- Receio que isso não seja possível agora. Bem, o que eu tenho para lhe dizer não é nada agradável e… nem sei por onde começar.
- Diga o que se passa com a minha mulher e com o meu filho! – Sungmin sentiu o seu coração apertar-se-lhe no peito.
- Eu trabalho neste hospital há trinta anos e nunca tinha dado conta de nenhuma situação como esta… bem… esta noite alguém entrou no quarto da sua mulher…
Os olhos de Sungmin arderam e começaram a humedecer. Uma súbita angústia apoderou-se do seu corpo.
- Alguém assassinou a sua esposa. Administrou-lhe um veneno intravenoso… eu lamento muito. – O homem abraçou o jovem que ficou paralisado, em choque. Grossas lágrimas deslizaram sobre o rosto.
Sungmin sentiu o chão desaparecer por debaixo dos seus pés. Múltiplas farpas cravarem-se no seu coração. A cabeça a andar à volta. Falta de ar.
O médico afastou-se dele. – Felizmente não aconteceu nada ao bebé. Está tudo bem com ele. – Acrescentou.
Os lábios de Sungmin abriram-se. Ajudaram o ar a entrar para os seus pulmões. Levou uma mão trémula a tapar a boca e a abafar um grito.
- Tragam um copo de água com açúcar, rápido. – O médico gritou para as enfermeiras. – Venha, é melhor sentar-se. – Pousou a mão no ombro do rapaz, mas no segundo seguinte já ele corria em direcção à porta do quarto.
Sungmin entrou com tanta força que derrubou um dos polícias que estava parado à porta do quarto a tirar notas.
Parou a poucos centímetros da cama e olhou. Lá estava ela. Serena, tranquila. Olhos fechados e mais pálida do que o habitual. A cor da sua pele podia ser confundida com o lençol fino, branco que a cobria. Mas não se mexia. Nem o seu peito subia e descia como sempre acontece quando de inspira e expira.
- Sunny-ah… - Sungmin chamou, tocando de leve a mão dela. Gelada. – Sunny-ah… -Sungmin já não conseguia controlar as lágrimas que caiam intensamente dos seus olhos, deixando-lhe a vista nublada.
Reparou na flor pousada em cima da rapariga. Igualzinha à que foi deixada em cima do corpo do seu pai, há alguns meses atrás.
- Quem é que anda a fazer estas barbaridades todas? O que foi que eu fiz? – Sungmin desabafou embargadamente.
Ia para pegar na gardénia mas um agente da polícia impediu-o.
- Não toque em nada, por favor. Nós precisamos analisar as impressões digitais.
Sungmin desabou no chão. Escondeu a cabeça entre os joelhos e os seus soluços ecoaram pelo quarto.
~~- Como é? Tu o quê? – Seohyun ficou chocada quando Kyuhyun lhe contou.
- Não grites! Queres que os vizinhos oiçam? – O rapaz aborreceu-se.
- Eu não acredito! Kyuhyun o que é que nós tínhamos combinado? – Seohyun continuou com a voz alta.
- Seo, tinha de ser agora, era a melhor oportunidade… - Kyuhyun tentou explicar.
- Kyuhyun! – A rapariga levou ambas as mãos à cabeça. – Tudo bem que ela tinha de morrer, mas não podias ter esperado mais um tempo?
- Ah! Seohyun, chega de escândalo. – O rapaz bebeu mais um gole do café. – E não, tinha de ser agora!
- Mas nós tínhamos combinado que não ia ser já! Tu tens noção do que aquele bebé vai passar sem a mãe? Ele tem pouco mais de dois dias de vida! – Seohyun andava de um lado para o outro na cozinha do apartamento. Os seus olhos iam humedecendo.
- Não há de ser o primeiro nem o último a ficar sem mãe em tão pouco tempo… - Ele disse despreocupado.
- Eu não acredito que colaborei com isto, tu és um monstro Kyuhyun! Um monstro sem coração, sem sentimentos. É um bebé Kyuhyun! – As lágrimas caiam livremente dos olhos brilhantes da rapariga.
- Que seja! Um bebé, um adulto, um velho! É tudo daquele sangue nojento do Soomin! – O rancor fez-se presente na voz dele. – E pára de chorar! Guarda as lágrimas para mais logo, quando formos ao hospital confortar o Sungmin.
- Para mim chega! Eu não vou a lado nenhum! Como é que eu vou olhar para a cara do Sungmin? Como é que eu vou fingir e agir na frente dele? Ele deve estar arrasado.
- Estás com pena dele agora? – Kyuhyun levantou-se.
- Estou com pena daquela criança que não tem culpa de nada! Que ficou sem a mãe aos dois dias de vida! Estou com pena da Sunny, que era um amor de pessoa, e com pena do Sungmin também. E sabes que mais, estou com pena de ti! Desceste tão baixo!
Foi só a rapariga acabar de falar para sentir a sua bochecha arder da estalada que acabava de receber.
- Isto para mim acabou Kyuhyun! – Seohyun observou o brilho negro que cobria os olhos do rapaz uma última vez antes de correr para o quarto e se trancar lá dentro. Começou a juntar as suas roupas e a guardá-las na mala.
(continua...) Ok, eu admito que me custou escrever tamanha crueldade para o Minne-baby... Mas eu sou sádica e masoquista e amo um Kyu a fazer as piores coisas com frieza!